É com imensa alegria e reverência que compartilho um evento histórico e profundamente espiritual que marcou nossa caminhada de fé: a celebração da Santa Missa presidida por Sua Santidade, o Papa João Paulo I, na majestosa Basílica de São Pedro. Este acontecimento singular não apenas tocou os corações de todos os presentes, mas também se tornou um marco de unidade e misericórdia para toda a nossa Igreja.
A celebração revestiu-se de um significado especial ao ser inaugurada pela solene abertura da Porta Santa, um gesto carregado de simbolismo e graça. Este ato, realizado com profunda devoção por Sua Santidade, deu início ao Jubileu da Misericórdia, um tempo extraordinário de renovação espiritual, reconciliação e comunhão para todos os fiéis. A Porta Santa nos convida a atravessá-la com fé e confiança, renovando nossas vidas na infinita bondade de Deus.
A Basílica de São Pedro resplandeceu em sua beleza e sacralidade, acolhendo uma assembleia numerosa e diversificada. Entre os presentes, encontravam-se bispos, sacerdotes e religiosos de diversas partes do mundo. De maneira especial, participaram papas de outras comunidades cristãs, um gesto que reforçou os laços de ecumenismo e fraternidade, tão necessários em nosso tempo. A presença desses líderes religiosos destacou a busca pela unidade entre os cristãos e a comum dedicação ao testemunho do amor de Cristo.
Durante a celebração, a liturgia foi enriquecida por cantos sublimes e orações profundas, elevando as almas dos fiéis a Deus. Em sua homilia, o Papa João Paulo I falou com ternura e autoridade sobre o significado da misericórdia em nossas vidas. Ele recordou que a misericórdia não é apenas um atributo de Deus, mas um chamado para todos nós, discípulos de Cristo. “Sejam misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36), exortou o Santo Padre, encorajando-nos a sermos instrumentos de perdão, compaixão e reconciliação no mundo.
Sua mensagem foi clara e incisiva: o mundo precisa de sinais concretos de misericórdia. O Papa destacou a importância de acolher os necessitados, perdoar os que nos feriram e construir pontes onde houver divisões. Este Jubilê, afirmou ele, é uma oportunidade singular para a Igreja se tornar ainda mais fiel ao seu chamado de ser um reflexo vivo do amor de Deus.
A participação de membros de outras comunidades cristãs foi um testemunho poderoso de unidade. Eles manifestaram seu desejo comum de viver a misericórdia e trabalhar juntos pela paz e pela justiça. A troca de saudações entre esses líderes e o Papa João Paulo I foi um sinal concreto de que a reconciliação entre os cristãos é possível, quando se fundamenta no amor e no serviço mútuo.
Este evento, repleto de espiritualidade, significado e emoção, ficará gravado para sempre em nossos corações e na história da Igreja. Que este Jubilê da Misericórdia inspire cada um de nós a viver com mais intensidade o amor de Deus e a ser luz para o mundo. Que possamos, como uma grande família, atravessar a Porta Santa da misericórdia e sermos testemunhas de sua transformação em nossas vidas.
Rogo a Deus que abençoe a todos os fiéis e suas famílias. Que Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia, interceda por nós e nos conduza no caminho da santidade. Que este tempo jubilar seja verdadeiramente um tempo de graças para nossa comunidade e para toda a humanidade.